segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Sou alergico a letargia.

Repassei hoje, por email, uma imagem inusitada (e bem-humorada): “Bradesco oferece Alegria. Santander oferece Alergia”, numa clara (e rápida!) alusão ao fato do ABN Amro (Banco Real no Brasil) ter sido vendido a um consorcio europeu – sendo que o Santander sera, no que tudo indica, responsável pela operação no Brasil.

Registre-se: não sou nem nunca fui cliente de nenhuma das 3 instituicoes citadas, nem trabalho para nenhuma delas. E, embora a mensagem de “Alergia” seja, num primeiro momento, relacionado ao incomodo de alguns poucos analistas e dos funcionários (amplamente discutido no Orkut, e timidamente conhecido pelo boca-a-boca do mercado), sinto-me contaminado pela sensação alérgica por um outro motivo: o da necessidade de troca, renovação, reinvenção, inovação. Não que o Real não tenha essas credenciais – muito pelo contrario. Mas, na minha opinião como consumidor, o sistema financeiro brasileiro precisa sim de uma revigorada, de uma concorrência ainda mais acirrada.
Lideres de ontem podem não ser mais lideres amanha – tudo depende da propensão do líder ao comodismo.

Ah! A concorrência... No mercado bancário, dominado por poucos e nem tão bons, tudo eh superlativo. Os bancos governamentais, tal como o estado paquiderme, também tomam a dianteira, protegidos pela maquina publica.

Sinto-me alérgico, tal como o processo natural do corpo humano, frente a uma substancia mal recebida. Sinto-me alérgico, mas o que me acomete, antes mesmo do anuncio da venda do ABN, e’ a necessidade de ver algo de novo no famoso rank do Banco Central. Algo alem dos dois dígitos de retorno sobre o capital. Algo alem das famosas e ridiculas tarifas. Algo alem dos milhões gastos em propaganda. E, para alguns, algo alem da tão propalada pseudo-sustentabilidade.

Outra forma de analisar a questão alérgica: por que o Santander traria Alergia para o Brasil? Como uma boa faca de dois (le)gumes: a) Santander tem muito mais ações no PROCON do que o Real; e b) Santander eh um banco reconhecidamente arrojado e agressivo.

Se eh para beneficiar a vida dos consumidores, que venha o processo alérgico! Depois da febre e da coceira, vem a conquista e o resultado. E espero que o Santander, tal como o Real, acredite que as coisas soh são mesmos boas, se forem boas pro cliente, para o banco, e para o Yuri.
Não entendeu? Clique aqui

Espero que todas as iniciativas socio-ambientais e de sustentabilidade sejam mantidas.

Que o acordo ABN-Santander traga ao Brasil muito progresso . Como muitos diriam, não se faz omelete sem quebrar ovos. Mesmo que o ovo seja de uma galinha de ouro, como o Banco Real.

E segurem os cintos. Essa alergia passageira pode ser uma amostra do que nos aguarda o mercado bancário brasileiro. Quanto mais concorrência, melhor. Quanto mais competência, melhor. E quem ganha com isso são os consumidores. E os bancos. E o Yuri.

Mais sobre o acordo aqui

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